Em quase todas as conversas sobre sucessão patrimonial, o ponto de partida é técnico: estruturas,...
Durante décadas, sucesso significava crescimento, rentabilidade e controle. Mas, nas famílias empresárias, uma nova métrica começa a ganhar espaço, aquela que não cabe em balanços, relatórios ou valuations: a capacidade de permanecer unida, relevante e com propósito ao longo do tempo.
O Family Barometer 2025, publicado pela Julius Baer em parceria com a PwC , confirma essa mudança silenciosa, porém profunda. Em todo o mundo, famílias de alto patrimônio estão redefinindo o que significa “vencer” e descobrindo que o verdadeiro ativo não é apenas o capital, mas o sentido de continuidade.
O que realmente mudou
Segundo o relatório, 68% das famílias entrevistadas afirmam que a principal meta de longo prazo não é mais apenas preservar o capital, mas deixar um legado de contribuição e harmonia entre gerações.
Essa mudança marca o amadurecimento do conceito de “empresa familiar”. A família deixa de servir ao negócio e o negócio passa a servir à família. Nossos clientes ouvem isso constantemente, sobre a mudança de ótica de empresa familiar para família empresária.
É uma inversão de perspectiva que muda tudo: o foco sai do patrimônio como fim em si mesmo, e volta-se para o que o patrimônio representa: identidade, valores e impacto.
Os três pilares da nova métrica de sucesso
1. Propósito e identidade: As famílias mais bem preparadas para o futuro são aquelas que têm clareza sobre quem são, o que defendem e por que existem. Essa visão de longo prazo é o que dá coerência às decisões, seja na sucessão, nos investimentos ou na atuação social.
2. Coesão familiar e educação de herdeiros: Nenhuma estrutura de governança é eficaz se faltar confiança entre as gerações. A educação da próxima geração vai muito além de finanças: inclui diálogo, empatia e espaços estruturados de convivência, como conselhos de família e programas de desenvolvimento. É ali que nasce o verdadeiro “alpha” de longo prazo.
3. Impacto e legado: Cada vez mais famílias estão criando institutos, fundações e fundos filantrópicos com objetivos claros de impacto social e ambiental. Não como estratégia de imagem, mas como expressão de propósito, um reflexo de quem são e do que querem deixar.
O papel dos family offices nessa nova era
Os family offices mais relevantes, especialmente os boutiques independentes como o Nob Hill Family Office, já entenderam que o valor está na integração entre gestão financeira e visão humana.
Mais do que administrar recursos, eles ajudam famílias a construir sistemas de decisão que durem gerações: governança, sucessão, estratégia e propósito passam a fazer parte da mesma conversa.
Na Nob Hill, esse é o ponto de convergência: unir estrutura e significado. Planejar o patrimônio, mas também fortalecer a família que o sustenta.
Mais que patrimônio, uma herança de sentido
Talvez a nova métrica de sucesso não esteja nos resultados trimestrais, mas nas histórias que ainda serão contadas.
Porque quando a família cresce junto, o patrimônio encontra um propósito e o legado se multiplica.
